É muito comum ligar a televisão ou abrir as redes sociais no dia a dia e nos depararmos com más notícias envolvendo violência de todos os tipos, descriminação, desigualdade social, entre outras mazelas que são sim reais e que precisam ser discutidas. Porém, o volume de conteúdos com teor negativo que chega até nós pode causar saturação, ao ponto de nos imergir em uma realidade na qual quase não há esperança e prosperidade.
Aqui não se trata, em momento algum, de negar as vulnerabilidades, violências e problemáticas que cercam a sociedade ou diminuir a importância se debatê-las, e sim de apresentar um contraponto: e se a esperança e a empatia fossem as forças impulsionadoras das histórias com as quais nos deparamos em nosso cotidiano? Esta é a principal proposta do Karitato – ser uma rede de boas notícias.
Ler, assistir e ouvir coisas negativas constroi diante de nós um horizonte carente de elementos de bondade palpáveis. Contudo, a realidade pode se mostrar de maneiras contrárias a essa lógica, como aponta a Pesquisa Doação Brasil de 2022, uma iniciativa coordenada pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) e realizada pela Ipsos, uma empresa especializada em pesquisa de mercado e opinião pública.
O levantamento mostra que, no ano de 2022, 84% dos brasileiros acima de 18 anos envolveram-se em algum tipo de doação, tanto em dinheiro – quase metade da amostra, 48% – quanto por meio objetos e tempo – trabalho voluntário. A quantidade de doadores institucionais – que efetivamente doaram dinheiro para iniciativas socioambientais – representa 36% dos participantes da pesquisa, o que por sua vez corresponde a mais de 42 milhões de pessoas.
Em comparação com as edições anteriores do levantamento, o ano de 2022 mostrou uma evolução considerável da cultura do altruísmo no Brasil. Já no ano passado, o Termômetro da Doação 2024, estudo publicado pelo Movimento por Uma Cultura de Doação (MCD), trouxe uma análise detalhada da situação das doações no país e os desafios que ainda encontramos neste campo.
Uma das diretrizes avaliadas é a Educação para a Cultura de Doação, que alcançou uma pontuação de 42%, classificada como “Estagnada”. Isso significa que há iniciativas que se voltam para a conscientização acerca da importância de fazer doações, mas seu impacto é limitado e há espaço para melhorias. No quesito Fortalecer as Organizações da Sociedade Civil, estamos “Em Desenvolvimento”, pois embora o volume de recursos destinados a OSCs (organizações da sociedade civil) esteja crescendo, falta apoio institucional para que se fortaleçam, em especial por meio de investimento.
Na área Promoção de Narrativas Engajadoras, a pontuação é de 50%, ou seja, “Em Desenvolvimento” também. A pesquisa sublinha a demanda por histórias envolventes que demonstrem como a doação é um ato simples, porém transformador – tanto para quem recebe quanto para quem doa. É explicitado no material que existem boas iniciativas de comunicação, mas elas não atingem todos os públicos, então são necessárias mais campanhas que propaguem o impacto positivo das doações. Esse é o cerne do que o Karitato se propõe: compartilhar histórias reais e inspiradoras, por meio das quais podemos criar uma rede de solidariedade capaz de despertar nos indivíduos a urgência de contribuírem com a sua comunidade.
Trazer esses índices nos ajuda a explicitar que mesmo com todas as mazelas que nos rondam, ainda há empatia e solidariedade atuantes por aí a fora, que precisam de cada vez mais incentivo. Desse modo, levantamos a necessidade de compartilhar boas notícias que inspirem e alimentem a noção de altruísmo, tão fundamental em uma sociedade com desigualdades bem marcadas. Quanto mais exemplos de abnegação circulam, mais visível é o fato de que simples gestos de afeto são capazes de mudar vidas. Em 2025, o Karitato reforça o seu compromisso de produzir e compartilhar conteúdos cujo foco é a solidariedade, a responsabilidade social individual e coletiva, a empatia, o amor e o apoio à luta pela diminuição das desigualdades.
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